Tenho um gay em minha família. E agora?
- Não devem exercer ações que favoreçam a patologização do comportamento ou prática homoerótica;
- Não devem adotar ação que obrigue homossexuais a realizarem tratamentos não solicitados por eles próprios;
- Não devem colaborar com eventos e serviços que proponham a “cura” da homossexualidade;
- Não devem se pronunciar de forma a reforçar preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais, como por exemplo, difundindo a ideia de que são portadores de qualquer desordem psíquica simplesmente por serem homossexuais.
A resolução do CRP é importante porque no Brasil vinha crescendo um movimento que propunha “terapia de reversão” para homossexuais. Os principais nomes deste movimento eram as psicólogas Rozângela Justino e Marisa Lobo, ambas evangélicas, com o apoio do pastor Silas Malafaia, graduado em Psicologia e considerado um dos principais líderes religiosos do país. Várias clínicas vinham se especializando na oferta deste tipo de serviço, como demonstrou uma matéria do Jornal O Globo, de julho de 2013. A maioria delas tinha orientação religiosa e, na fachada, apresentavam-se como clínicas de Tratamento para Dependência Química.
“Os [homossexuais] que participaram deste corpo de pesquisas
continuaram a experimentar atração pelo mesmo sexo seguindo
os esforços para a mudança de orientação sexual (SOCE) e não
relataram mudança significativa frente a outras atrações sexuais
que pudessem ser empiricamente validadas, embora alguns
tenham mostrado excitação fisiológica diminuída para todos os
estímulos sexuais” (APA, 2009)
- 8,4 mais chances de tentar suicídio;
- 5,9 mais chances de ter depressão;
- 3,4 mais chances de se envolver com drogas ilícitas;
- 3,4 mais chances de se envolver em relações sexuais sem proteção e contrair alguma Doença Sexualmente Transmissível (DST).