Câncer de Próstata: 90% das mortes seriam evitadas com Diagnóstico Precoce
O Câncer de Próstata é a segunda maior causa de morte por câncer entre os homens brasileiros, perdendo apenas para o Câncer de Pulmão. Em 2012 a doença levou 1.870 (mil oitocentos e setenta) pessoas a óbito em nosso país. Infelizmente não existem dados sobre 2013 e 2014, mas tomando como referência a variação na taxa de mortalidade por câncer de próstata das últimas décadas, a tendência é piorar. Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), no ano 1990 a quantidade de óbitos causados pelo Câncer de Próstata era de 6,26 pessoas por cada cem mil habitantes. Em 2012 essa média já havia subido para 9,82 por cada cem mil.
Tabela Mortalidade por Câncer no Brasil. Imagem-Fonte: INCA |
Gráfico Mortalidade por Câncer de Próstata no Brasil. Imagem-Fonte: INCA. |
O mais assustador é que 90% dessas mortes teriam sido evitadas se os cânceres tivessem sido descobertos no início, mas infelizmente os primeiros sintomas da doença só aparecem quando ela se encontra em fase avançada e apenas 32% dos homens brasileiros fazem o exame de prevenção, o que contribuiria para o diagnóstico precoce.
Exame de Toque. Fonte-Imagem: Brasil Escola. |
Você conhece casos de pessoas que descobriram o Câncer de Próstata em suas fases iniciais e foram curadas.? E casos de pessoas que não se trataram e perderam a vida por isso? Se conhece, conte estas histórias a seu familiar, descrevendo o que aconteceu com a pessoa que teve câncer e o impacto que a doença gerou sobre sua família. Exemplos são uma das formas mais ricas de explicar alguma coisa.
Ciente dos riscos associados a não fazer o exame, é bem provável que você se preocupe. Costuma ser assustadora a ideia de que uma doença curável pode levar um familiar à morte por falta de cuidados. Pense na situação e observe a si próprio: que sentimentos tem? Compartilhe estes sentimentos com seu familiar. Permita que ele saiba o quanto é importante para você tê-lo por perto, se cuidando.
5) Peça apoio à família
Com mais de uma pessoa incentivando fica mais difícil dizer “não”. É importante que todos exponham o quanto consideram importante ver o familiar se cuidando.
Incentivar e argumentar é muito diferente de agredir, ameaçar ou tratar com falta de respeito. Ao conversar com seu familiar, tenha o cuidado de não usar palavras agressivas, alterar o tom de voz ou usar qualquer outro gesto que possa magoar. Esse tipo de atitude tem como único efeito fazer com que seu familiar se feche ainda mais para o assunto, que além de constrangedor, torna-se fonte de conflito.
É provável, ainda, que a evitação de ir ao médico faça parte de uma classe mais ampla de comportamentos, como Esquiva Emocional ou Ausência Generalizada de Autocuidado. A Esquiva Emocional é caracterizada pela criação de desculpas ou motivos que tenham como efeito evitar ou atrasar o contato com situações emocionalmente difíceis ou emoções desagradáveis, como a possibilidade de rejeição, o risco de causar uma impressão ruim no outro ou, especificamente neste caso, a possibilidade de descobrir uma doença grave. A Ausência Generalizada de Autocuidado, por sua vez, tem o nome autoexplicativo. Ela aparece quando um indivíduo deixa de tomar atitudes simples no dia a dia que representam cuidado consigo próprio, como alimentar-se adequadamente, tomar medicamentos nos horários corretos, cuidar da própria higiene, entre tantas outras.
Casos em que existe Esquiva Emocional ou Ausência Generalizada de Autocuidado podem exigir intervenção profissional de um Psicólogo, já que os prejuízos certamente se estendem a outras esferas da vida – não só à saúde física – e a dificuldade de obter sucesso através da argumentação é muito maior. Se seu familiar não aceitar ir ao Psicólogo, assim como não vai ao médico, pode ser útil você mesmo buscar orientação sobre como lidar com a situação. Inadmissível é permitir que ele se exponha a um risco tão sério, como o de Câncer de Próstata.
– Publicado em 05/11/2014 às 14:00 horas
– Atualizado em 06/11/2014, às 11:43 horas