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Obesidade acelera declínio cognitivo em idosos

Pessoas obesas podem experimentar declínio cognitivo mais rápido ao longo do tempo do que aquelas saudáveis e com peso normal, de acordo com estudo publicado na revista Neurology.
A pesquisa sugere que a presença de alterações metabólicas, tais como açúcar elevado no sangue e colesterol alto podem ter papel na redução do desempenho mental de pessoas com excesso de peso.
O estudo envolveu 6,401 pessoas com uma idade média de 50 anos no início do estudo. Informações sobre o índice de massa corporal (IMC) e fatores de risco metabólicos foram recolhidos no início do estudo. Os participantes realizaram testes para memória e outras habilidades cognitivas, três vezes ao longo dos 10 anos de acompanhamento.
Um total de 31% dos participantes tinha duas ou mais anormalidades metabólicas. Cerca de 9% eram obesos e 38% estavam com sobrepeso.
Das 582 pessoas obesas, 350, ou 60%, preencheram os critérios para alteração metabólica. Os indivíduos obesos metabolicamente normais também apresentaram declínio mais rápido.
Ao longo dos 10 anos do estudo, pessoas que estavam tanto obesas quanto metabolicamente anormais experimentaram um declínio 22,5% mais rápido em suas pontuações em testes cognitivos do que as que tinham peso normal sem alterações metabólicas.
“Mais estudos são necessários para analisar os efeitos de fatores genéticos e também o tempo de obesidade de uma pessoa e por quanto tempo eles tiveram esses fatores de risco metabólicos para nos dar uma melhor compreensão da relação entre a obesidade e as funções cognitivas, como raciocínio, pensamento e memória”, afirma a autora do estudo Archana Singh-Manoux, do University College London, no Reino Unido.
Segundo Singh-Manoux, o estudo também fornece provas contra o conceito da “obesidade metabolicamente saudável”, que sugere que as pessoas obesas sem fatores de risco metabólicos não mostram resultados negativos cardíacos e cognitivos em comparação com pessoas obesas com fatores de risco metabólicos.
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